segunda-feira, dezembro 31, 2007

Posto de escuta... (Obrigatório 2007-Parte V)



Último post de uma série de cinco (referentes a obras musicais obrigatórias de 2007) e, simultaneamente, post a fechar 2007...


De grandes Artistas.... grandes Obras...


Para mim, o disco de 2007.

Fica o excelente Jigsaw Falling Into Place


Bom 2008!

sábado, dezembro 29, 2007

Leituras do momento...

O Natal tem destas coisas e ainda bem!
Quem me conhece, sabe o prazer que sinto em dar e receber livros. Do ler, já aqui assumi...
Por ter lido inúmeros artigos e recensões sobre a sua obra, a curiosodade encaminhou-me para o mais recente Aprender a rezar na Era da Técnica, de Gonçalo M. Tavares que alguém teve o bom gosto em me oferecer (Obrigado Marlene).
Autor de 16 Obras, traduzidas para 13 países, Gonçalo M. Tavares apresenta-se como uma (afirmada) promessa da Literatura Portuguesa... Começo e entender, agora, as razões...



Último volume da tetralogia O Reino, cujos anteriores volumes foram Um homem: Klaus Klump, A máquina de Joseph Walser e o aclamado e "multi-premiado" Jerusalém, Aprender a rezar na Era da Técnica, mantém o mesmo olhar sombrio sobre a condição humana: «O que vês quando olhas para onde todos olham?».

http://www.goncalomtavares.com/

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Posto de escuta...(Obrigatório 2007-Parte IV)

Com dificuldade (inerente a qualquer avaliação/classificação), revelo outra das minhas escolhas para "Posto de escuta... obrigatório 2007".

Andrew Bird - Armchair Apocrypha

Musicalmente, a personalidade de Andrew Bird reflecte-se numa particular atenção ao pormenor, à melodia e às letras. Nas palvaras do compositor e "multi-instrumentista", «O rock não tem de ser música dos homens das cavernas nem prog-rock, há alguma coisa no meio»...

Fica o belo Imitosis (versão live in Paris)


http://www.andrewbird.net/

terça-feira, dezembro 25, 2007

Posto de escuta... (Obrigatório 2007-Parte III)

De uma banda que tive o prazer de conhecer e venerar, na primavera de 2005 (Obrigado Sebastian!), nasce um "difícil" segundo álbum que, sem superar o excelente Funeral, faz o mundo musical respirar de frescura, bom gosto e energia.
Grandes... Assim continuam os Arcade Fire!
Da sua "Bíblia de Néon", sinto luzes capazes de ofuscar grandes obras (e são muitas!) de 2007.


Renovo, desta forma, a minha admiração...


www.arcadefire.com/flash.html

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Posto de escuta... (Obrigatório 2007-Parte II)

De forma absolutamente aleatória, dou continuidade ao desfilar de obras (de topo), com as quais 2007 nos presenteou...


Chegados ao quinto disco, os The National assumem a primeira obra-prima e tornam-se figuras maiores da canção perfeita, sobre adultos imperfeitos... (como eu sinto isto!).
Delicada música que, nas palvras do Vítor Belanciano (Público), faz de Boxer,"(...) o disco mais humanamente carregado do ano. (...)"
Sublinho.


Deliciosamente belo...

http://www.americanmary.com/

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Posto de escuta... (Obrigatório 2007-Parte I)


De dispensáveis balanços (ainda que necessários), indispensáveis obras que deixam profundas marcas no meu "iPodano"...

Numa série de cinco posts, partilharei aqueles que, na minha modesta "opiniaudição", emergiram da excelente produção musical de 2007.
Começo com verdadeiros "balanços", tendo em conta a "agitação" que a própria palavra comporta. Assim é Sound of Silver, dos LCD Soundsystem.

Impossível ficar parado...

www.lcdsoundsystem.com
www.myspace.com/lcdsoundsystem

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Do ler, ao ver...

Terminada a (primeira) leitura de Ressureição, clássico da obra de Liev Nikoláievich Tolstói, invade-me, como habitualmente, um misto de satisfação e tristeza pelo FIM.
Adeus a Maslova e Nekliudov...

(...) Sou eu quem está louco por ver o que os outros vêem, ou os loucos são quem faz aquilo que eu vejo? (...)
(Liev Nikoláievich Tolstói - Ressureição II)
(Saromir- Living is easy with eyes closed, 2007)

terça-feira, dezembro 11, 2007

Posto de escuta...





Após uma bem sucedida obra de estreia (Paper Monsters), Dave Gahan sente-se à-vontade para continuar a experimentar sonoridades, sem correr o risco de o acusarem de copiar o estilo musical dos "seus" Depeche Mode.
Ao movimentar-se num género que lhe é mais familiar, Gahan liberta-se e arrisca mais. As duas primeiras canções de Hourglass são comoventemente irrepreensíveis, capazes de retirar o ouvinte do seu mundo e transportá-lo para paragens melancólicas e, simultaneamente, revigorantes... (Adoro evadir-me assim...)

Depois de Kingdom (primeiro single), surge a bela Saw Something, canção maior que, dominada por arranjos electrónicos, atinge o "clímax" quando a bateria se torna o seu elemento central...

Belo...

domingo, dezembro 09, 2007

Adeus...

Há cerca de dez anos, numa qualquer aula de Atelier de Audição, História da Música ou Estética Musical, ouvi, pela primeira vez, o seu nome e alguma das suas obras...


Karlheinz Stockhausen.


Na passada quarta-eira, a cidade de Kürten - Alemanha, viu partir, aos 79 anos, um mito da música erudita de vanguarda...
Compositor de todas as controvérsias, foi um artista total, um pensador, uma lenda... Deixou mais de 360 obras, algumas das quais, de difícil degustação e digestão...
Fica Helicopter String Quartet, obra de referência, que conseguiu deixar-me de tal forma perplexo que, ainda hoje, apenas consigo (quando consigo) entender o seu conceito...




Numa das suas obras maiores (Momente), Stockhausen usou palavras de William Blake: Aquele que beija a alegria em pleno voo, vive uma aurora eterna...
Que viva a aurora eterna...

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Tenha cuidado com a tristeza. É um vício.

Gustave Flaubert (1821-1880)



Henri Matisse - The King's Sadness - 1952 (também conhecido por Sorrows of the King)

domingo, dezembro 02, 2007

Posto de escuta...

Depois do aclamado álbum homónimo de 2006, o misterioso produtor londrino Burial editou, no passado dia 5, o segundo disco de originais - Untrue.


A música de Burial é incluída na onda do dubstep, que é considerada uma vertente alternativa da "música de dança". Mas, há aqui algo mais... Que ultrapassa qualquer catalogação... Vozes soul e uma viciante e tímida batida. Para ouvir bem alto, com luz bem baixa...

Não se perde nada em alargarmos o nosso cardápio de escolhas musicais, no que toca à música de dança (que não se dança). Pelo contrário, pode ouvir e sentir-se um dos "meus" discos do ano.
Ficam os excelentes Archangel e Ghost Hardware...


http://www.myspace.com/burialuk