Numa (habitual) fase em que o tempo parece "dar" mais horas ao dia, intensifico uma das minhas paixões...
De modo a finalizar a leitura da totalidade da sua (traduzida) obra, chega, aos meus olhos (e sentidos), uma das primeiras (portuguesas) edições do Mestre Murakami...
"(...) Que sabemos, na realidade, de nós mesmos? Quanto mais penso no assunto, mais relutância tenho em abordar o tema do eu...
Gostaria, isso sim, de saber mais coisas sobre a realidade objectiva daquilo que está para além de mim. (...)"
Antony and The Jonhsonsprepara(m) novo álbum... Swanlights chegará ao mundo (ainda) este ano, sendo 4 de Outubro a data prevista...
A nova obra musical terá (numa versão completa) um livro de 144 páginas com colagens, textos, pinturas e fotografias da autoria do próprio Antony Hegarty...
“(...) Por um instante a morte soltou-se a si mesma, expandindo-se até às paredes, encheu o quarto todo e alongou-se como um fluido até à sala contígua, aí uma parte de si deteve-se a olhar o caderno que estava aberto sobre uma cadeira, era a suite número seis opus mil e doze em ré maior de Johann Sebastian Bach composta em cöthen e não precisou de ter aprendido música para saber que ela havia sido escrita, como a nona sinfonia de Beethoven, na tonalidade da alegria, da unidade entre os homens, da amizade e do amor. Então aconteceu algo nunca visto, algo não imaginável, a morte deixou-se cair de joelhos, era toda ela, agora, um corpo refeito, e por isso é que tinha joelhos, e pernas, e pés, e braços, e mãos, e uma cara que entre as mãos escondia, e uns ombros que tremiam não se sabe porquê, chorar não será, não se pode pedir tanto a quem sempre deixa um rasto de lágrimas por onde passa, mas nenhuma delas que seja sua. Assim como estava, nem visível nem invisível, em esqueleto nem mulher, levantou-se do chão como um sopro e entrou no quarto.(...)"
(José Saramago inAs intermitências da Morte, pp. 158-159 - 2005)
"(...) Eso fue lo que consiguieron anoche, precisamente, estos tres británicos estilosos: devolvernos la fe. Creer de nuevo en el rock como catarsis, en el revulsivo de un enjambre de puños que se elevan acompasadamente al cielo como si, por un momento, pudiéramos todos estar de acuerdo en algo. (...)"
"(...) A pintora portuguesa Paula Rego, 75 anos, recebe hoje o título de Dama do Império Britânico, o equivalente feminino da distinção de Cavaleiro (Sir). Rego é condecorada por ocasião das Queen's Birthday Honours, o evento que comemora o aniversário da Rainha Isabel II. "Estou muito orgulhosa" disse a pintora, citada pelo "The Times". "A que se deve? Não faço mais do que pintar." (...)"
(in ionline.pt)
Sentidos parabéns e agradecimentos Paula Rêgo, por elevar o (artístico) mundo português ...
quinta-feira, junho 10, 2010
"(...) É terrível ser esquecido por um retrato... Só muito tarde é que percebi que o passado e o futuro existem no presente. O que fomos e o que seremos está connosco agora. (...)"
(A. L. Antunes, in "À noite os sons" - Visão, 3 Junho 2010)
ODDSACé nome do (experimental) filme que os (geniais)Animal Colectivedesenvolveram nos últimos quatro anos, em colaboração com o realizador Danny Perez...
54 minutos da experiência visual e musical, vista, ouvida e sentida, em primeira mão, na edição deste ano do Festival Sundance...
Fica a (recordação) apropriada (ou não!) ao Verão que aí vem...
"(...) Este é o primeiro livro que conduz a um entendimento científico abrangente sobre o modo como experimentamos a música e sobre o papel ímpar que desempenha nas nossas vidas. Como Oliver Sacks afirmou, Daniel Levitin é uma das poucas pessoas no mundo que poderia escrevê-lo. Uma Paixão Humana é um encontro entre os dois mundos magníficos da Arte e da Ciência e está destinado a ser um marco na história da cultura. Esta investigação sem precedentes do papel da música na evolução humana e no nosso quotidiano abarca a Psicologia e a Neurociência. (...)"