quarta-feira, agosto 31, 2016

terça-feira, agosto 30, 2016

Leituras do momento...





"Um assombroso exercício em que a linguagem mais brutal se alia ao lirismo mais iluminado: este livro será um marco na literatura portuguesa.
São poucos os romances que conseguem arrebatar o leitor, logo na primeira página, arrastando-o para uma aventura dramática e alucinante, sem descanso nem refrigério. É o caso da mais recente obra de Ana Margarida de Carvalho que retira o seu título doPoema do Desamor, de Alexandre O’Neill (“Queixa-te coxa-te desnalga-te desalma-te/ Não se pode morar nos olhos de um gato/ Beija embainha grunhe geme/ Não se pode morar nos olhos de um gato”). É compreensível que seja O’Neill a funcionar como pedra de toque desta narrativa em que o virtuosismo da linguagem, o ritmo das palavras, a agilidade do discurso e as imagens surrealizantes se sucedem em catadupa, numa torrente imparável e avassaladora.”


(H. Vasconcelos in Público)

“Em finais do século XIX, já depois da abolição da escravatura, um tumbeiro clandestino naufraga ao largo do Brasil. Um grupo de náufragos atinge uma praia intermitente, que desaparece na maré cheia: um capataz, um escravo, um mísero criado, um padre, um estudante, uma fidalga e sua filha, um menino pretinho ainda a dar os primeiros passos... Todos são vencedores na morte, perdedores na vida. O mar, ao contrário dos seus antecedentes quotidianos, dá-lhes agora uma segunda oportunidade, duas vezes por noite, duas vezes por dia. Ao contrário do que pensam, não estão sós naquele cárcere, com os penhascos enquanto sentinelas, cercados de infinitos, entre o céu e o oceano. Trazem com eles todos os seus remorsos, todos os seus fantasmas. E mais difícil do que fazerem-se ao mar ou escalarem precipícios será ultrapassarem os preconceitos: os de raça, os de classe social, os de género, os de credo. Para sobreviverem, terão de se transformar num monstro funcional com muitos braços e muitas cabeças; serão tanto mais deuses de si próprios quanto mais se tornarem humanos e conseguirem um estado de graça a que poucos terão acesso: a capacidade de se colocarem na pele do outro.”

(in wook.pt)


quinta-feira, agosto 18, 2016

Leituras do momento...






"Todas as árvores caminham sobre o Tempo, sobre a passagem das estações, porque nenhum outro movimento lhes resta. Existem, simplesmente, dividindo-se entre o corpo visível que se estende à luz e o corpo inferior que vive de forma encoberta. Os seus frutos, contudo, são esperanças perdidas, Verão após Verão. Imagens do desejo de poder ser mais do que braços a estender-se ao céu, ao vento, à impiedade dos pássaros. Da vontade que todo o corpo, o poderoso corpo, pudesse sair da terra, com duas pernas móveis, e a fizesse estremecer de medo quando uma delas voltasse a pousar na superfície. Entre os homens e as árvores há tanto em comum que por vezes não se sabe onde começam uns e acabam os outros. É o gosto obstinado de lançar raiz na terra funda, de dar fruto e espalhar semente. Samuel acredita que lhe basta um solo fértil para ser feliz e, sendo-o, permitir que todos o sejam tanto como ele. Mas a mulher sonha longe, os filhos guardam segredos e a força brutal dos seus gestos de patriarca deixa marcas inesperadas naqueles que ama. No seu esperado regresso ao romance, Possidónio Cachapacolhe um livro onde a Natureza e o Homem vivem misturados, moldando-se e afeiçoando-se mutuamente, enquanto o tempo se some como um carreiro de água em terra seca."

(in fnac.pt)

terça-feira, agosto 16, 2016

Leitura são momento...








"Este romance - tão erótico quanto feroz - explora a fronteira entre o desejo de dominar e a vontade de ser dominado, entre a paixão e a submissão, expondo as complexas entranhas do amor. De tal forma tenso e vibrante, Copo de cólera rapidamente se transformou numa obra de culto da língua portuguesa. (...) Através de sete frases, desenvolvidas por uma estrutura frásica vertiginosa, o autor capta a nossa atenção numa novela que a cada virar de página altera os personagens, a situação, o leitor. Recomendo avidamente para todos aqueles que se encantam com um novo modelar da nossa língua portuguesa, uma nova reinvenção das palavras através de metáforas arquitectónicas daquele que é um dos grandes escritores da actualidade lusófona. (...)" 


(in wook.pt)


domingo, agosto 14, 2016

segunda-feira, agosto 08, 2016

Leituras do momento...






"Caitlin tem doze anos e vive sozinha com a mãe - uma estivadora das docas locais - numa casa subsidiada próxima do aeroporto de Seattle. Todos os dias, enquanto espera na escola pela mãe, Caitlin visita o aquário local para estudar os peixes. À medida que observa as criaturas que se movem nas águas profundas, Caitlin fica imersa num outro universo.
Quando certo dia trava amizade com um velho que partilha a sua paixão pelos peixes, Caitlin descobre um obscuro segredo de família que precipita a relação dela com a mãe para um precipício de terríveis consequências.
Escrito em prosa cristalina, Aquário leva-nos até ao coração de uma jovem corajosa e destemida, cuja busca pelo amor e a capacidade de perdoar transforma as pessoas em seu redor. Implacável e desolador, original e redentor, Aquário é uma história comovente de um dos maiores escritores americanos do nosso tempo."

«Como Melville, Faulkner e McCarthy, Vann é já um dos grandes da literatura Americana.»
[ABC]

«Um escritor para ler e reler.»
[Economist]

«Repleto de suspense… é um romance doloroso. Mas a sua beleza impulsiona-o para a redenção.»
[Elizabeth Taylor, Chicago Tribune]

«Cinematográfico… Aquário é um ponto de partida para Vann, uma autêntica nova direcção… É delicado, de uma delicadeza amadurecida.»
[Lydia Millet, The New York Times Book Review]

«Um artista. Vann leva-nos a um lugar mais escuro, antigo e poderoso do que o nosso mundo diário.»
[New York Times]

«Maravilhoso — de partir o coração. Belíssimo… Nunca vi arte tão cuidada e luminosa.»
[Lorrie Moore]"


(in fnac.pt)