sábado, maio 31, 2008

Posto de escuta...








Pela mão da "miúda das matemáticas" (que conhece e ouve grande som) chegou, ao meu iPod, a "(...) Manchester's latest musical sensations. The Ting Tings have scored highly in this week's charts, with debut album "We Started Nothing" zooming straight in at pole position (...)"


Recomendável este disco de estreia dos (promissores) The ting tings, intitulado We started nothing. (Têm a certeza?!!)
Fica o single That's Not My Name...


quarta-feira, maio 28, 2008

Posto de escuta...







Com lançamento agendado para  23 de Junho, Með Suð í Eyrum Við Spilum Endalaust, (que significa with a buzz in our ears we play endlessly), marca o regresso (quinto de originais) de uma das "minhas" bandas...
Em Gobbledigook, (primeiro single) são evidentes os novos (belos) rumos que a sonoridade dos Sigur Rós parece "trilhar"...






"Há pessoas que transformam o sol numa simples mancha amarela, mas há, também, aqueles que fazem de uma simples mancha amarela, o próprio sol."
(Pablo Picasso)


segunda-feira, maio 26, 2008

Leituras do momento...




Fim de semana por Jerusalém... 

(...) Esforçava-se por aprender de novo a contactar com pessoas normais, e não apenas isso: também com os dias normais: os dias que esperam pelo humano para que este decida o que fazer deles. (...) A rotina diária era uma simplificação impressionante da existência. (...)

Teia complexa de personagens que se cruzam, se entrelaçam, se movimentam, se amam e, geralmente, se magoam na noite (e na vida). Jerusalém transporta aos limites da razão e da loucura...

Faço minhas, (se tal me é permitido), as palavras de J. Saramago, (...) Jerusalém é um grande livro, que pertence à grande literatura ocidental. Gonçalo M. Tavares não tem o direito de escrever tão bem apenas aos 35 anos: Dá vontade de lhe bater! (...) 

Sem dúvida! De lhe "bater" palmas... (até uma considerável dor de mãos chegar!)

domingo, maio 25, 2008

Da Dança...


Viver (e dançar) é, inúmeras vezes, estar preparado para enfrentar o inesperado... 

Dançar (e viver) com esta força, é tocar a sublimidade e fazer o "inesperado esperar"...


sábado, maio 24, 2008

Da Eurovisão...


Por Portugal não apresentar, há longos anos, uma canção (e interpretação) tão poderosa(s)...


Independentemente da classificação final, Parabéns pela obra e "arrepiante" prestação...
Porque Portugal também sabe ser Música!
Força!

quinta-feira, maio 22, 2008

Leituras do momento...





(...) E daí que a fornicação seja tão atractiva e assustadora: é a junção de dois mundos: do mundo do ruído e do mundo da palavra, do mundo do Homem e do animal, da natureza incompreensível e bruta e ainda do Homem que tenta compreender. (...)

Um Homem: Klaus Klump, é o primeiro dos três romances que Gonçalo M. Tavares classifica de "Livros pretos". 
 
Numa tarde sem "idas e vindas", duas horas de puro prazer (também pela chuva e seus sons). 

Seguimos para Jerusalém (o último dos "pretos")...

quarta-feira, maio 21, 2008

Posto de escuta...




Qualquer semelhança com (a saudável) loucura dos Arcade Fire, é puro delírio de quem ouve, vê e sente... Run to Your Grave - grande canção dos norte-americanos The Mae Shi, que vão actuar a 31 de Julho no (maravilhoso) Heineken Paredes de Coura 2008. A banda vem mostrar as canções do seu quarto registo de originais - Hlllyh, editado este ano...
Vai valer (muito) a pena... (before we run to...)



sábado, maio 17, 2008

Posto de escuta...




Do cruzamento (ou entroncamento!) entre um pop psicadélico (peace and love) dos anos 70, um electro (a tocar o disco), e um rock (onde tudo parece ter lugar!), surge o disco de estreia dos MGMT (Menagement). Chama-se Oracular Spectacular e foi produzido por Dave Friddma (Flaming Lips e Mercury Rev, entre outros). De um disco que toca a ousadia sonora, destaque para Weekend Wars, a transportar (vertiginosamente) para o grande David Bowie, nos seus tempos de Ziggy Stardust. 

A merecer (no mínimo) uma audição...

Fica Kids, por prometer ser um hit do Verão que se aproxima (digo eu, não sei!)


sexta-feira, maio 16, 2008

Leituras do momento...

"(...) As pedras deixam-se alisar com o tempo, numa carícia prolongada, em que vão ganhando rugas onde havia arestas. (...)"
.


De forma a amenizar o esforço que é, cada vez mais, estar na Escola à espera de aulas para "dar" (substituíndo colegas), com sentido prazer, "devorei", em pouco mais de uma hora, o mais recente Histórias de Escano e Soalheira, de Luís Vale.

Luís, Parabéns e Obrigado, pela partilha (nas "rugas" da amizade e da sabedoria)...

quinta-feira, maio 15, 2008

De concertos e suas (nossas) marcas...




A 15 de Maio de 1993, (após 12 horas de espera) tive o privilégio de ver, ouvir e sentir (incrédulo), o concerto da minha vida...
Alvalade recebia a ZOOROPA' 93 (ZOO TV in Europe)
Passaram 15 anos...
Descrever? Ainda hoje me faltam palavras...

quarta-feira, maio 14, 2008

Da China...


Cruzes nos (com) dedos?
Alfinetes de (ao) peito? 
Tempos houve...
2008 é ano em que cruzes se carregam (verticalmente) às costas e, como acessório (de discutível gosto), usam-se alfinetes ao pescoço...
Para brilhar nos Olímpicos que se avizinham... Sim! São soldados chineses! Para os restantes, imaginem as atrocidades




Desse mesmo país, (ou nem por isso), chega a Arte de Cai Guo-Qiang. Depois de ter estudado em Xangai, emigrou para o Japão e, posteriormente, para New York, onde vive desde 1995. Dos seus 50 anos de vida, fazem parte projectos de Arte Contemporânea que (merecidamente) lhe conferem o estatuto de "superestrela" no circuito artístico contemporâneo. Destaque para a actual (irreverente e explosiva) retrospectiva da obra que o Guggenheim (New York) expõe, intitula-se I Want to Believe.
De ideias onde beleza e terror se tocam, entrelaçam, confundem, destaco Head on: Instalação que envolve 99 lobos (de materiais artificiais) que cruzam o ar, em arco, até que os líderes da alcateia embatem numa barreira de vidro...


Para Guo-Qiang, os lobos são ferozes e corajosos, têm qualquer coisa de heróico, mas a unidade grupal acaba por conduzi-los à destruição em massa. "Quis representar a tragédia humana universal que resulta desta vontade cega de ir em frente, o modo como tentamos atingir os nossos objectivos sem qualquer tipo de compromisso. isto é algo que se repete ao longo da história."

A minha admiração a Guo-Qiang, pela brutalidade real daquilo que é realmente brutal!

terça-feira, maio 13, 2008

Posto de escuta...





Com elevado (e habitual) sentido estético, The Seldom Seen Kid, marca o regresso de uma das bandas que continua a criar discos perfeitos para primaveris finais de tarde (solarengos, ou nem por isso!)
A 17 de Abril, foi editado o novo álbum de originais (quarto e sucessor de Leaders of The Free World, de 2005). Guy Garvey, (líder da banda) assumiu, em declarações ao Gigwise, a grande influência que a música de Thom Yorke e companhia tem na carreira da sua banda. Garvey disse, ainda, que não consegue afastar-se da música dos Radiohead desde The Bends (neste particular, estou à frente - não consigo desligar desde Pablo Honey!)
Fica o primeiro (grande) single, Grounds for Divorce...


Visitem, por valer (muito) a pena...


sexta-feira, maio 09, 2008





"E, no entanto, que maravilha de conversas no silêncio. Que partilha tão grande. (...) Conheces algum artista que não sofra, conheces algum artista feliz? Todos eles atormentados, contraditórios, num desespero e numa angústia constantes, mesmo sob o humor, sob a alegria. (...) Quero morrer de caneta na mão, meu Deus faz com que eu morra de caneta na mão, a lutar com as emoções, as palavras. (...) Há tantos livros em mim à espera de serem escritos."

António Lobo Antunes, in "Tenham piedade de nós", Visão, 08 de Maio de 2008

terça-feira, maio 06, 2008

Posto de escuta...


Regresso de Stuart Staples (com os restantes Tindersticks) para o sétimo álbum de originais. 
The Hungry Saw foi gravado nos estúdios da banda, em França. 



Não raras vezes, catalogada como "música-para-depressivos", os Tindersticks criam, na minha modesta opinião, belíssimos poemas sobre dores profundas, amores mal resolvidos, mortes, amarguras e pesares do quotidiano que, pairando sobre performances instrumentais (por vezes) dignas de orquestra, tocam o sublime....
Staples e companhia conseguem, ainda que sem o brilho de outros tempos (e de outros discos), provocar alegrias em seres que, como eu, não dispensam o "sabor" da sua obra...
Melancolia que acaba por gerar felicidade...
Destaque para The other side of the world, Boobar (para mim, a mais bela) e, para o tema título - Hungry Saw...


domingo, maio 04, 2008

De parcerias em Arte(s)...




Riceboy Sleeps é o nome de um duo artístico que, em 2006, asumiu a sua existência. Não fosse Jón Thór Birgisson um dos seus mentores, e tudo me passaria ao lado. Sim! Refiro-me a Jón Thór Birgisson, o SENHOR que dá voz (entre outras sublimidades) aos venerados (assumo) Sigur Rós. As criações de Jón, em simbiose com as de Alex Sommers, podem ser vistas (ouvidas e sentidas) na The Agency Gallery (Londres) ou, (para bolsas como a minha), online http://www.riceboysleeps.com/
Nas palavras de ambos,"trabalham separadamente, mas as ideias encaixam. (...) Isto resulta porque temos um sentido semelhante do que é belo"(...)
Confirmem...
Recordo os Sigur Rós, com ni baterri (versão ao vivo), para voar...

Posto de escuta...




Dá pelo nome de Rockferry e é o disco de estreia de Duffy. Menina "bonita" da cena musical actual, Duffy apresenta um refinado registo vocal (e sentido estético-musical), capaz(es) de nos transportar aos "clássicos", de artistas dos anos 50/60.
Das belas canções que integram Rockferry, destaque (carregado de nostalgia) para a versão do "clássico" Distant Dreamer de McAlmont &  Butler...
Disco (quase perfeito) para uma bela noite estrelada, com bom vinho (e outras iguarias!)



quinta-feira, maio 01, 2008

Posto de escuta...





Beth Gibbons, Geoff Barrow e Adrian Utley. Em 1994, lançaram Dummy, uma obra genial. A sensualidade soturna do seu (sim, muito seu!) trip-hop, marcou aquela época e colocou a cidade de Bristol no mapa mundial da música... Três anos depois, o segundo disco, Portishead, vê a luz do dia e, por contraste, apela à escuridão da (nossa) alma. De uma beleza marcante... Dois anos mais tarde, nasce a consagração - Roseland NYC...
Após audições várias, não posso deixar de partilhar a maravilha que tem sido Third, a mais recente criação dos (amados) Portishead...
Abram essas Magic Doors...