domingo, agosto 22, 2021

Leituras do momento...





"(...) O poema haiku não inferioriza nem zomba, não se serve do intelecto, valoriza as coisas pequenas, valendo-se da surpresa e de um reduzido vocabulário, começa ainda antes da primeira letra da primeira estrofe e acaba muito depois da última sílaba da terceira estrofe.

É poesia despersonalizada, já quase fora da linguagem comum, nasce no silêncio, atravessa, como um relâmpago, o olhar do contemplador e regressa ao silêncio; e enquanto existiu pareceu durar o tempo de um movimento respiratório. Resultante em grande parte da contemplação da beleza e comportamentos da natureza, este estilo poético assume-se como fenómeno que transcende o pessoal, é puro presente, é um momento suspenso, eterno em si mas que não volta a acontecer. Nele, desaparece a separação observador/observado, para dar lugar à ausência de ego, à manifestação do sublime.

No final da breve leitura do poema, o leitor arrisca-se a ser percorrido por um calafrio que não poupará nenhuma célula do seu corpo; talvez o seu olhar se semicerre e se suspenda no seio de um horizonte para além do horizonte visível; talvez assome ao canto dos seus lábios o movimento de um sorriso somente perceptível pelo olhar puro das crianças e dos animais.

 

imóvel contemplo a lua

e os outros pensam

que sou cego (...)"

 

(in bertrand.pt)


domingo, agosto 15, 2021

Leituras do momento...





"(...) Neste seu aclamado romance, Kazuo Ishiguro conta a história de Etsuko, uma mulher japonesa que agora vive sozinha em Inglaterra, chorando o suicídio recente da filha.

Refugiando-se no passado, dá consigo a reviver um Verão particularmente quente em Nagasáqui, quando ela e as amigas se esforçavam por reconstruir as vidas após a guerra. 

Mas, quando recorda a sua estranha amizade com Sachiko - uma mulher abastada reduzida pela guerra à indigência -, as memórias assumem um tom inquietante. (...)"
(in wook.pt) 


sexta-feira, agosto 13, 2021

Leituras do momento...





"(...) Fruto de uma viagem ao Japão, a convite do Centro Nacional de Cultura, e devedor também do «Book of Haikus» de Jack Kerouac, «A Papoila e o Monge» é o novo e surpreendente livro de poesia de José Tolentino Mendonça. (...)"


(in wook.pt)


terça-feira, agosto 10, 2021

Leituras do momento...





"(...) A terapia japonesa dos banhos de floresta que melhora a sua saúde e bem-estar

O termo shinrin-yoku ou banho de floresta vem do Japão e significa, literalmente, mergulhar na atmosfera da floresta.

Yoshifumi Miyazaki, professor universitário e responsável pelos principais estudos sobre o shinrin-yoku, revela neste livro como pode tirar proveito do poder curativo da Natureza para equilibrar o corpo e a mente. 

Os benefícios da prática desta terapia natural na saúde física e mental são poderosos: reduz a tensão muscular e a pressão sanguínea, fortalece o sistema imunitário, diminui o stress, acelera a recuperação na doença, melhora a qualidade do sono, aumenta a capacidade de concentração e reforça a intuição. (...)"


(in wook.pt)


quinta-feira, agosto 05, 2021

terça-feira, agosto 03, 2021

Leituras do momento...



"(...) Uma história de sobrevivência num mundo onde a lealdade é puro instinto. «Nasci rafeiro, cruzamento de mastim espanhol e cão-de-fila brasileiro. Quando era cachorro, tive um daqueles nomes ternos e ridículos que põem aos cãezinhos recém-nascidos, mas já passou muito tempo desde então. Já me esqueci. Há muito que todos me chamam Negro.» Há vários dias que no bebedouro de Margot, local onde se reúnem os rafeiros do bairro, não há notícias de Teo nem de Boris. 

Por detrás deste desaparecimento adivinha-se algo tão sinistro que os restantes cães estão em permanente estado de alerta. Seguramente não se trata de nada de bom – é essa a desconfiança de todos e a certeza de Negro, que traz ainda no focinho e na memória as cicatrizes das lutas de outrora. Para ele, a sobrevivência é uma questão de instinto e de experiência. Leal e destemido, Negro embarca então numa perigosa viagem ao passado em busca dos seus dois grandes amigos. Neste romance negro assombroso, divertido e ao mesmo tempo esmagador, Arturo Pérez-Reverte narra, com a mestria de sempre, as aventuras de um cão num mundo bem diferente do dos humanos. 

Um mundo que se rege pelas mais elevadas regras – lealdade, inteligência e companheirismo – onde não há lugar para o politicamente correto ou para as convenções sociais. Um mundo em que por vezes há clemência para os inocentes e justiça para os culpados. Pleno de tensão dramática, Cães Maus Não Dançam brinda-nos com uma metáfora sobre a vida e os seus valores (ou a falta deles). (...)”


(in bertrand,pt) 

domingo, agosto 01, 2021

Posto de escuta...





Billie Eilish regressa com o (aguardado e por vezes difícil) segundo álbum: Happier Than Ever

Fica (já há muito avançado) My Future..